Publicado em: 17 de março de 2021 | Categoria: Viver Bem

3 segredos sobre a arte do desapego

Existem diversos tipos de apego e todos eles estão relacionados com o sentimento de posse. Por exemplo, guardar uma roupa no armário por anos sem que ela seja usada e, mesmo assim, não conseguir doá-la é uma demonstração de apego a algo que você quer manter sob o seu controle. Mas há ainda aquele apego presente nas relações amorosas, e é sobre ele que vamos falar neste post.

Há uma diferença bem expressiva entre amor e apego. O primeiro não tenta controlar a vida do outro, enquanto o segundo busca exercer domínio e aprisionar a outra pessoa.

O caminho para um amor desapegado pode não ser fácil. Desde que nascemos fomos ensinados que muito do nosso valor está ligado às nossas posses, o que não é verdade. Por isso, desapegar é uma arte.

Para te ajudar nessa jornada, veja aqui 3 segredos sobre o desapego que você deveria saber:

1. O desapego liberta (você e o outro)

O amor e o afeto são sentimentos construtivos, e não destrutivos. A obsessão e o apego apenas nos tornam reféns de uma vida da qual não temos controle, e os comportamentos que surgem a partir daí são limitantes para ambas as partes, podendo vir a ser até mesmo violentos em alguns casos.

De fato, a pessoa amada é aquela que nos traz segurança e tranquilidade. Mas sua vida não pode depender de tudo o que o outro faz, não é mesmo? Precisamos nos sentir livres para tomarmos nossas próprias decisões e construirmos nossa própria trajetória. Deixar que outra pessoa tome as rédeas da sua vida não é amor, chama-se dependência e ela é profundamente nociva.

Não é sobre deixar de cuidar ou de se conectar emocionalmente com alguém, mas sobre a capacidade de amar e deixar que a pessoa amada e você sejam independentes sem que isso os machuque.

2. O desapego torna a vida mais leve

Desapegar é soltar algumas bagagens muito pesadas que carregamos durante a vida, como o ciúmes e todos os sentimentos negativos que ele desperta: a ansiedade, o estresse, a insegurança. Nem sempre será possível estar perto daqueles que amamos, e nesses momentos é preciso estar com a consciência tranquila de que sozinhos nos bastamos, ou seja, precisamos apenas de nós mesmos para sermos felizes.

Se você não consegue se sentir bem quando está longe da pessoa que ama, procure ajuda profissional para entender porque se sente assim e o que você pode fazer para mudar essa situação. A sua felicidade não deve depender das ações de outra pessoa, dessa forma você estará sendo apenas espectador da sua própria vida comandada por outra pessoa.

Muitos dos sofrimentos vividos em uma relação amorosa estão ligados ao apego que um sente pelo outro. Assim, o medo de estar sozinho pode corroer pouco a pouco um relacionamento que deveria existir para nutrir e ser saudável para ambos.

3. O desapego nos dá autonomia

Praticar o desapego em uma relação amorosa tem tudo a ver com independência emocional. Pessoas apegadas costumam transferir suas necessidades interiores para algo ou alguém que acreditam ser capaz de sanar o seu mal-estar. É como se você passasse a responsabilidade da sua felicidade para outra pessoa, mas não há ninguém melhor do que você para dizer o que te faz feliz.

Assim como ninguém irá consertar a sua vida, você também não irá consertar a vida de ninguém. Podemos oferecer apoio e carinho, mas é de cada um a responsabilidade de lidar com a própria vida.

Portanto, não espere as atitudes dos outros para começar a mudar sua vida para melhor. Aposte na sua autoestima e no poder que você tem sobre as suas escolhas e decisões.

O amor é frutífero: nos dá a liberdade e o apoio que precisamos para irmos em busca de nossa própria felicidade. Desapegar não é deixar de cuidar ou se sentir indiferente a uma pessoa. Um relacionamento amoroso que pratica o desapego é aquele que cuida e não invade, mas dá espaço para que o outro cresça.

O que você pode fazer hoje para que seu relacionamento seja mais equilibrado? Aqui em nosso blog e redes sociais sempre compartilhamos conteúdos para te ajudar a trilhar essa caminhada chamada vida, cheia de obstáculos e percursos sinuosos, mas que guardam paisagens de tirar o fôlego.