Publicado em: 10 de setembro de 2021 | Categoria: Viver Bem

Setembro Amarelo: atitudes que transformam

Sabemos o quanto uma atitude acolhedora faz a diferença. São os pequenos detalhes e gestos que são transformadores para quem está passando por um momento muito particular, complexo e difícil.

Durante o Setembro Amarelo, mês que abriga o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, reforçamos que é preciso agir para despertar a esperança em quem mais precisa dela. E todos temos um papel fundamental no cuidado da vida, para que ela continue se renovando dia após dia.

Ainda hoje, há diferentes tabus sociais que vão na direção contrária a diálogos mais abertos e conscientes sobre suicídio e saúde mental. O Setembro Amarelo é uma oportunidade para que possamos trazer luz ao tema e lembrar que podemos ser suporte ao demonstrar o quanto nos importamos com as pessoas.

Todo apoio é bem-vindo

São diversos os fatores que podem tornar uma pessoa mais vulnerável a transtornos mentais e pensamentos suicidas. Geralmente, quem está passando por um processo como este sente que não há mais opções. Ao demonstrarmos cuidado e afeto, estamos sinalizando que existem saídas cheias de amor, esperança e pessoas dispostas a ajudar.

Com calma e tempo, ouça o que a pessoa tem a dizer sobre como ela está se sentindo. Não tenha medo de fazer perguntas e expressar interesse. É dessa forma que nos conectamos com as pessoas e conseguimos transmitir força para quem precisa.

Pandemia, sinais e empatia

A pandemia tem intensificado ainda mais o sentimento de isolamento em todos nós. Por isso, precisamos estar ainda mais atentos aos sinais de alerta dos outros, e os nossos próprios também. De acordo com a Associação Internacional de Prevenção ao Suicídio, entre esses sinais estão a falta de esperança, a raiva, comportamentos imprudentes que coloquem em risco a própria vida, a sensação de aprisionamento, aumento do uso de álcool e/ou drogas, assim como o afastamento de amigos e da família.

Apesar da distância física, precisamos continuar encontrando novas – e renovando antigas – formas de mostrarmos que estamos presentes na vida de quem amamos. Uma mensagem por WhatsApp para saber como a pessoa está ou uma ligação mais demorada para “jogar conversa fora” são expressões genuínas de quem se preocupa com o outro.

Você não precisa ter todas as respostas ou soluções. Contanto que haja empatia na sua fala e escuta, principalmente, haverá um coração mais aquecido pela sua compaixão. Caso você queira saber melhor o que dizer em momentos difíceis, busque por depoimentos de sobreviventes de atos suicidas para entender quais palavras e ações são importantes nestas situações.

Canais de apoio emocional

Você também pode ajudar as pessoas que estão precisando de apoio a se conectarem com iniciativas que trabalham com saúde mental de forma gratuita. Se é você quem está precisando de apoio, pode também recorrer a esses canais de diálogo.

No Brasil, destacam-se dois projetos de prevenção ao suicídio: o Centro de Valorização da Vida (CVV) e a plataforma Pode Falar.

CVV: atendimento voluntário e gratuito a todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24h todos os dias. Para mais informações, acesse: cvv.org.br.

Pode Falar: canal de ajuda em saúde mental voltado para jovens de 13 a 24 anos, com conteúdos, depoimentos e um espaço de acolhimento individual oferecido por organizações parceiras. Saiba mais em: podefalar.org.br.

Contribua para o diálogo

A informação é nossa melhor amiga quando o assunto é conscientização sobre temas sensíveis como o suicídio. Você também pode contribuir para o debate ao pesquisar e compartilhar conteúdos relevantes e confiáveis sobre o tema. Estar aberto ao diálogo é o primeiro passo para relações mais sensíveis e afetuosas que ajudem a salvar vidas.

Assim como os profissionais da área da Saúde tem um papel essencial na construção de redes de apoio para pessoas em situações delicadas envolvendo suicídio, nós como cidadãos, podemos colaborar com que está nosso alcance para que haja amor e cuidado em todas as esferas da vida.

Fonte: International Association for Suicide Prevention